Escola com Melhores Aprendizagens

Agrupamento de Escolas do Vale de Ovil

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Oficina de escrita

11-01-2013 22:37

Apesar da sua preenchidíssima agenda, o Dr. António Vilas-Boas acedeu ao convite para vir ao nosso Agrupamento dinamizar uma Oficina de Escrita. Foi no dia 10 de janeiro. Destinada aos professores de Português do 1.º, 2.º e 3.º ciclos, esta Oficina tinha como principais objetivos perspetivar o desenvolvimento do domínio da escrita de uma for¬ma diferenciada junto dos alunos e a sua aplicação em contexto de sala de aula; adquirir estratégias, métodos e ideias para delinear e dinamizar sessões de escrita interessantes e motivadoras para os alunos.

A oficina é uma aula viva, por isso foi utilizada uma turma ( 4.º A) para se observar como a aula se desenrola, comprovar como se consegue resolver problemas de textualização, dar-se conta de que a diferenciação pedagógica é possível dentro de uma turma. Nesta aula, foi possível observar como as dimensões didática e pedagógica se devem interrelacionar harmoniosamente de modo a motivar os alunos, pois não houve um único aluno que não escrevesse o seu texto.
O Dr. Vilas-Boas começou por explicar aos alunos as regras do trabalho a realizar, desde a planificação, a partir da qual escreveriam o seu texto narrativo, passando pelo seu aperfeiçoamento até à leitura. Ao longo da aula, permitiu que os alunos dessem conta das etapas do seu trabalho, partilhassem as suas dificuldades e encontrassem as soluções, explicando como iam construindo os seus textos. Durante a sessão, o papel do professor foi bastante ativo, pois interagia continuamente com os alunos, observando o seu trabalho; apoiando-os nas suas dificuldades; conversando com eles… Observava os seus escritos; respondia a dúvidas e solicitações; indicava-lhes frases mal construídas, possibilidade de ligação entre frases, erros ortográficos; etc.; falava com eles sobre o processo de construção do texto e dava-lhes indicações de revisão, oralmente e por escrito. As indicações escritas eram curtas, claras e objetivas como por exemplo “ Insere duas vírgulas nesta frase. (+ 2 , )”. Desta forma, os alunos faziam reformulações contínuas dos escritos de forma a aperfeiçoá-los. De registar o empenho dos alunos na realização da atividade proposta, a pertinência e qualidade das suas intervenções; a sua capacidade para aplicarem conhecimentos adquiridos; a capacidade de autocorreção e progressão na produção escrita.
No final, alguns alunos leram os seus textos. Os alunos gostam de ler os seus textos e a turma gosta de os ouvir. Após cada leitura, vieram os merecidos aplausos… Estava, então, criado o clima de descontração e alegria que contribuem fortemente para a aceitação da escrita.
Aqui ficam os depoimentos de algumas professoras presentes:
“ Vimos os alunos do 4º ano da turma selecionada entusiasmarem-se com a escrita de um pequeno texto com as indicações que foram sendo confiadas. O processo usado foi ótimo: os textos apresentados bem como as sugestões surgidas no desenvolvimento da oficina foram reveladores da boa prática levada a cabo. O pequenino dedo no ar, inflexível, de vários dos meninos presentes na oficina, demonstrou que a técnica funcionou espantosamente.
Marcou-me neste encontro a frase que poderia funcionar como uma máxima: “Isto não é uma aula de pensamento, é uma aula de escrita!” remetendo-nos para a evidência de que na atividade da escrita tudo se deve desenvolver à volta dela. O sonho deve transformar-se em palavras.” (Professora Clara Wildschutz)

"Foi sem sombra de dúvida uma oficina mais para as professoras assistentes do que para os alunos, para estes foi uma aula diferente recheada de fazeres interessantes, fruíram e usufruíram. O que fica é um grande e agradável desafio para as professoras implementarem. É bom aprender ou refinar com quem sabe." ( Professora Cândida Inês Miranda)